segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Acessibilidade e Inclusão

Nos últimos anos, houve um avanço significativo nas questões de acessibilidade e inclusão. Entretanto, percebo que muitas vezes a acessibilidade é compreendida como um favor, um privilégio, ao invés de um direito de todas(os). Dessa forma, precisamos entender que a acessibilidade ao mesmo tempo em que é um direito é também um dever de cada cidadã(ão). 
Das diferentes formas de acessibilidade (comunicacional, atitudinal, arquitetônica, instrumental, metodológica, programática, entre outras), acredito que a atitudinal seja a mais difícil de ser concretizada, ao mesmo tempo em que essencial para caminharmos na direção de uma sociedade de fato inclusiva. 
Nesse sentido, podemos nos apoiar no Modelo Social da Deficiência que, diferente do Modelo Médico, entende que a deficiência está na sociedade que muitas vezes não consegue ser inclusiva, retirando o foco na pessoa com deficiência. Dessa maneira, precisamos nos reconstruir diariamente, pois ainda reproduzimos muitas concepções e estereótipos das pessoas com deficiência provenientes dos modelos anteriores. 
Nesse contexto, a escola tem muito a contribuir na desconstrução de concepções e estereótipos envolvendo não apenas as pessoas com deficiência, mas todas(os) que são desviantes do modelo padrão construído pela sociedade e que sofrem exclusão, inclusive no ambiente escolar. Assim, é necessário que a escola proponha atividades, projetos, discussões e reflexões que propiciem o respeito e a valorização da diversidade, além é claro de buscar contemplar as diversas formas de acessibilidade para todas(os).
        Particularmente, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), instituição em que atuo, apesar de considerar que ainda estamos no início de um longo processo, observo que felizmente há pessoas engajadas nessa luta. Além disso, por meio desse curso “IFSP para tod@s”, acredito que as(os) profissionais, inclusive nós que atuamos no NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas), teremos maiores condições/conhecimentos/compromisso para buscarmos, em cada câmpus, um IFSP que seja realmente para todas(os), considerando um aprendizado coletivo e contínuo.
Por fim, deixarei a frase de William Loughborough e uma imagem do "Movimento Inclusão Já" para que continuemos refletindo sobre a nossa responsabilidade e o compromisso que devemos assumir na questão da acessibilidade e da inclusão para todas(os).

 “Acessibilidade é um direito, não um privilégio”. (William Loughborough)

#PraCegoVer: imagem contendo no centro e nas quatro pontas o símbolo  do “Movimento Inclusão Já”. De cada lado do símbolo central (maior) há uma foto de uma pessoa em uma cadeira de rodas.  Acima do símbolo há os seguintes dizeres: “Acessibilidade não é um favor!!!” e abaixo: “Acessibilidade é um direito. Respeitem.” 


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